Inclusive, acho que Ríos e Andreas são jogadores com características bem parecidas, inclusive os defeitos. Ocupam a mesma faixa do campo, bom arremate de média distância, boa habilidade com a bola nos pés… o que difere os dois é que o Ríos é mais físico, mais forte, enquanto o Andreas é mais leve e mais ágil.
Mas se for parar para analisar, ambos são meias pela direita, quando atuam como volantes, deixam a desejar na marcação.
Acredito, inclusive, que a ideia de ter o Andreas é justamente para substituir o Ríos, que deve sair no meio do ano. O Wendel é outro com características bem parecidas com os dois, até mais parecido ainda com o Ríos, pela força física.
Traz o Villasanti para ajudar o Aníbal na marcação e libera o Rios para jogar mais na frente com o Veiga.
O Rios tem habilidade com a bola, mas não marca bem. Se liberar dessa obrigação de marcar, pode ser que o futebol dele melhore até. Ou até mesmo o ZR, que já atuou no ataque nos tempos de Bahia.
Só esquece do Andreas. Tchau Fulham, valeu por nada e vida que segue.
Eu discordo. Acho que os números camuflam um problema que foi muito debatido aqui durante toda a temporada, sinceramente. O Palmeiras foi um time engessado em 2024, tinha sua construção ofensiva baseada em dar a bola no Estêvão e esperar a genialidade do menino.
Quantas jogadas bem construídas o Palmeiras teve ao longo da temporada? Quanto repertório o time apresentou durante todo o ano?
Em suma, o Palmeiras era um time que tinha 3 jogadas ofensivas: bola aérea (seja em faltas ou escanteios); tabela entre o ponta e o lateral e cruzamento rasteiro na área; bola no Estêvão e seja o que Deus quiser. E nos jogos mais importantes do ano, onde mais precisamos do Veiga sendo esse articulador, o cara que dita o ritmo do meio campo, que busca jogadas de associação, ele sumiu.
Acho que você tem toda razão em relação à fragilidade na conversão, mas eu avalio que o time também pecou demais nas jogadas ofensivas.
Defensivamente, foi o pior ano da era Abel na minha visão. Há muito tempo eu não via um Palmeiras tão frágil defensivamente como na última temporada. O meio campo era um convite ao prazer para os adversários, sobravam latifúndios principalmente na entrada da área. Soma-se a isso a má fase do Gómez, ao excesso de lesões do Murilo, a péssima fase dos laterais e as oscilações do Weverton ao longo da temporada, e temos um time extremamente vulnerável. Desde o meio do ano passado eu defendia a contratação de um segundo volante que soubesse marcar e jogar. Muita gente achou um exagero, muitos diziam que o Ríos daria conta e que o Zé retornaria em breve, mas nenhum dos dois correspondeu no aspecto coletivo (o Zé não correspondeu em nada, na verdade). Então, sigo achando que precisamos de dois bons meio campistas. E se houvesse a possibilidade de um outro volante junto com o Villasanti, eu não veria problema algum em colocar o Aníbal no banco.