Pra começar, na entrevista de hoje, após a vitória sobre a Portuguesa por 2x0, no jogo inaugural de um Paulistão em que um eventual título nosso será histórico, Abel cita a si próprio no livro da comissão enaltecendo que sabe exatamente o capítulo e página onde encontrar a referência. Logo na sequência, o Fragroso faz uma pergunta bem engajante e do tipo que extrai as melhores respostas que o Abel costuma dar. Aí o Abel fala que não se agarra à história.
Primeiro quero enaltecer essa estratégia do Fragoso, e acho interessante que os colegas dele comecem a também dar uma breve aula de história de Palmeiras e do futebol brasileiro, para que o Abel e também jovens torcedores, consigam entender o grau de importância das coisas para a torcida palmeirense, aliando a isso uma posterior pergunta para que ele aplique o que ele pensa dando a carga de quanto valem as coisas.
Voltando ao Abel, ele precisa sim de algum apego ao passado, pois a história está sendo construída, ele tem que saber olhar criticamente para o passado, enxergando oportunidades de melhoria, isso lhe dá coerência, prestígio e a capacidade de se reinventar e de se reaproveitar. Olhar para trás para conseguir projetar um amanhã que reverbere com os desejos e identidades do Palmeiras.
Queria abrir um espaço aqui para quem tiver interesse em falar sobre as estratégias de jogo e de comunicação. Acho ele um líder fantástico, e claramente um ser humano recheado de contradições e outras falhas.
Fica então aqui um convite para falarmos do trabalho e personagem que é esse cara e as pessoas que trabalham com ele.