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    • lá ele podia correr fechando pra dentro da área.
    • Essa é bem simples... O Felipe Anderson joga onde está o Estevão agora. Na direita. Improvisar o FA na esquerda ta matando o futebol dele.
    • Tem que colocar para jogar mesmo. Mas tem que contratar para não ficar só dependendo disso. Um zagueiro, um volante e um atacante, todos acima da média. Se fizer isso, terá feito o suficiente e necessário.  Emiliano Martinez, que veio como aposta, Rayan, Wanderson, Deyvid Washington e outros especulados não são desse perfil, com todo respeito. 
    • Longe de mim querer dar uma de advogado do Felipe Anderson, até porque, eu acho que está devendo um pouco também. Mas vamos tentar analisar todo um contexto. Primeiro, o lado onde o Felipe está atuando. Não adianta, o Felipe nos últimos anos atuou majoritariamente pelo lado direito e portanto estava muito bem adaptado e familiarizado a esse lado do campo. Seus movimentos já estavam coordenados para esse lado, a forma como ele domingo e conduz a bola são preparadas para o lado direito. E repare, essa jogada que ele fez, já fez algumas fezes no Palmeiras, mas ao invés de tentar o último drible e finalizar, ele rolou a bola para esse jogador que estava fazendo a diagonal das costas do zagueiro. Aqui, um ponto em que ele precisa melhorar, voltar a fazer. Não pode ter medo. Segundo, o Palmeiras é todo preparado e montado para o Estêvão. O Palmeiras joga de modo que o lado direito esteja sempre muito bem protegido para evitar ao máximo que o Estêvão receba a bola longe da área. A ideia é manter Veiga, Ríos e Rocha ali, dando suporte ao menino, para que ele se mantenha sempre numa zona de perigo, onde ele pode partir pra cima e tentar a jogada individual. Inevitavelmente, o lado esquerdo fica mais desguarnecido e portanto, o ponta esquerda é sempre "sacrificado" para manter a marcação por aquele setor. Perceba a zona de calor do Felipe na sua última partida: é no meio campo, um pouco para frente da linha do meio campo pelo lado esquerdo. Ou seja, ele está longe do gol e longe da zona de criação, que o obriga a conduzir mais a bola, buscar mais a velocidade e são características que ele não tem. Para jogar dessa forma, o Felipe precisa de um apoio intenso do lateral, do Aníbal e do meia, para que eles formem um triângulo para tabelar. Se o Felipe tiver que pegar a bola na zona central, conduzir ela até a ponta para criar uma jogada de perigo ou para tentar um arremate, as chances dele perder a bola nesse meio tempo é enorme. E isso vale para qualquer um que jogue ali do lado esquerdo. Por que o Palmeiras parece ter funcionado melhor com o Maurício ali ao invés do Veiga? Porque o Maurício faz essa função para o Felipe. O Maurício é quem busca a bola no meio do campo e carrega ela até o Felipe, deixando com que ele fique mais próximo da zona criativa. Quando o meia precisa ficar mais preso ao lado direito para dar a liberdade ao Estêvão, esse lado esquerdo fica aberto. Por que deu certo naqueles jogos contra Cuiabá, CAP e etc no ano passado? Porque o Ríos fez a função do meia direita, o Maurício do meia esquerda, os laterais fechavam na linha do meio campo e os zagueiros subiam para ser o apoio na saída, o passe de segurança. Isso equilibrou mais o time, inclusive, permitiu que o Palmeiras fizesse ótimas inversões, colocando o Estêvão com uma marcação mais frouxa nessa troca de lado. É o famoso "balanço ofensivo", muito popular nos times do Diniz, onde se concentra a posse da bola por um lado, atrai a marcação e de repente há uma inversão rápida para o outro lado atacar com a marcação mais desguarnecida. O Abel está com dificuldades de encaixar esse time. O 4-3-3 que ele está fazendo privilegia apenas um lado, tanto é que o Palmeiras é claramente manco hoje e todos os adversários já se ligaram nisso. Dava certo com Dudu e Scarpa porque os dois tinham por características inverter o lado, ambos conseguiam atuar pelas duas pontas. Além disso, a cobertura do Zé e do Danilo era bem mais azeitada do que a do Aníbal e do Ríos. Nesse início de temporada, temos um Richard Ríos numa forma física e técnica muito boa, temos o Estêvão fenomenal como sempre e temos o Maurício indo bem até aqui. Cabe o treinador entender como encaixar e potencializar o jogo desses caras. Se essa ponta esquerda está sendo um gargalo, então cabe a ele encontrar uma nova solução. De repente, talvez seja melhor colocar o Felipe mais por dentro, mais próximo à zona de criação central, deixar que a profundidade fique por conta do lateral esquerdo, não sei. O fato é que, da maneira como o Palmeiras joga hoje, até o Paulinho vai sofrer se entrar ali agora.  
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